Presas Fáceis 2

Presas Fáceis 2

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Presas Fáceis 2: Abutres, da autoria de Miguelanxo Prado.

Em maio, a Ala dos Livros publica Presas Fáceis 2: Abutres, da autoria de Miguelanxo Prado. Trata-se da sequela de Presas Fáceis, obra originalmente editada pela Norma em Espanha em maio de 2016 e publicada em Portugal pela Levoir em junho desse ano.

Quanto ao segundo volume, subintitulado Abutres, foi originalmente editado pela francesa Rue de Sèvres em janeiro de 2024, tendo a versão francesa do primeiro volume sido publicada por essa editora em janeiro de 2017.

Desta vez, os inspectores Tabares e Sotillo vão assumir a investigação da morte da jovem Irina, filha adoptiva de um casal espanhol. O que parece um simples caso de suicídio pode afinal revelar-se muito mais complexo, com ramificações que vão abalar a estrutura da própria sociedade. A investigação vai levá-los a conhecerem a dura realidade do submundo da pornografia infantil cujo alcance pode ir muito para além do esperado. Este é um livro que nos leva a pensar sobre os perigos escondidos nas novas tecnologias e como estes podem ter efeitos imprevisíveis. Com a reconhecida excelência de argumento e desenho de Miguelanxo Prado, e pouco tempo depois do seu lançamento original, a Ala dos Livros edita Presas Fáceis – Abutres, o regresso do autor à sua série policial. Agora a cores, a fantástica arte de Miguelanxo Prado transporta-nos para o ambiente da narrativa, lado a lado com os investigadores.

Miguelanxo Prado nasceu em La Coruña (Espanha), em 1958. Enquanto estudante de arquitectura, publicou o seu primeiro trabalho de banda desenhada no fanzine Xofre. Colaborou na década de 80 com diversas publicações e revistas espanholas como Creepy, Comix Internacional, Zona 84, El Jueves, Cairo e Cimoc. Estes trabalhos viriam posteriormente a ser compilados em álbum. Tendo por base um herói radiofónico, constrói com Fernando Luna o detetive privado Manuel Montano. Publicada pela primeira vez na revista Cairo, e posteriormente em álbum com o título O Manancial da Noite, seria com esta comédia policial que Prado viria a obter o seu primeiro Alph’Art para Melhor Álbum Estrangeiro no Festival Internacional de Angoulême, em 1991. Mas foi com Traço de Giz (1992), uma experiência de uma realidade impossível, com narrativa intimista e coloração magnífica, que Prado alcançou o maior reconhecimento pelo seu trabalho, obtendo um segundo Alph’Art (1994) e inúmeros prémios a nível internacional. Das suas inúmeras obras, espalhadas entre outras, pela ilustração, pintura ou cinema de animação, destacamos Carta de Lisboa (obra de 1995, que em Portugal conheceu 3 versões bilingues), a qual resulta de uma viagem a Portugal com o escritor Éric Sarner, a adaptação a BD de Pedro e o Lobo de Prokofiev (1996), ou, ainda em 1996, a ilustração do livro A Lei do Amor de Laura Esquível. Refira-se ainda, em 1998, uma participação na série animada Men in Black, para a qual desenhou os personagens. Prado, foi de 1998 a 2023 diretor do Salão de BD Viñetas desde el Atlântico (A Coruña). Em 2003, trabalhou com Neil Gaiman em The Sandman: Endless Nights – Dream: The Heart of a Star. O seu filme de animação De Profundis, no qual trabalhou durante quatro anos, estreou em 2007 e foi selecionado para os prémios Goya. Em 2009, ingressa na Real Academia Galega de Belas Artes. À sua banda desenhada Ardalén, publicada em 2012, seguem-se Presas Fáceis (Levoir, 2016), O Pacto da Letargia (Ala dos Livros, 2020) e Amani (Ala dos Livros, 2022), uma obra de cariz infantil, originalmente publicada em Espanha em 2019. Regressa à sua série policial com Presas Fáceis – Abutres, publicado em França em janeiro de 2024.

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