Tempos Amargos, de Étienne Schréder

Tempos Amargos, de Étienne Schréder

“Não se pode dizer tudo, um livro não é um esgoto.”

Dia 8 de setembro, chega às bancas o décimo primeiro volume da coleção Novelas Gráficas 2017. A obra em questão é Tempos Amargos, da autoria de Étienne Schreder. Étienne Schréder nasceu em Anderlecht (Bélgica) em 1950 e chegou à banda desenhada aos quarenta anos, depois de vários desvios. Estudante de direito, mudou-se para criminologia e trabalhou numa prisão durante cinco anos. Tempos Amargos é uma história autobiográfica sobre os problemas do autor com o alcoolismo, que o levaram a abandonar tudo e a viver como sem-abrigo. Neste livro, o leitor vai mergulhar com o autor no mundo sombrio do alcoolismo, que Schréder relata duma forma crua, embora não conte tudo, pois como o próprio diz em Tempos Amargos “não se pode dizer tudo, um livro não é um esgoto”.

O desenho é elegante e sóbrio, tentando o grafismo acompanhar os estados de espírito do autor ao longo da narração.

Professor de BD e director da Maison Autrique, Étienne Schréder é um dos actuais desenhadores de uma das maiores séries clássicas da BD franco-belga, Blake & Mortimer, e autor do álbum O Segredo de Coimbra, obra que já teve direito a três edições em português.

Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:

Eis a sinopse da editora:
Étienne Schréder enveredou pela banda desenhada aos quarenta anos, abandonando as suas anteriores ocupações, ligadas à criminologia e aos estabelecimentos prisionais. Colaborou inicialmente com alguns grandes nomes da BD, entre os quais François Schuiten, que foi seu mentor, e é um dos actuais desenhadores da série Blake & Mortimer. Tempos Amargos foi um dos seus grandes sucessos e é considerada uma importante novela gráfica do género autobiográfico. Numa vida anterior à de autor de BD, Étienne Schréder viveu problemas graves de alcoolismo, que o levaram a abandonar família, emprego, tudo, e a viver como sem-abrigo. O alcoolismo afecta milhares de pessoas e é um assunto cuja evocação roça muitas vezes o tabu. Porque há uma realidade que não se pode romantizar, Schréder oferece a experiência da sua própria jornada.

Tempos Amargos conta com prefácio de João Ramalho-Santos, bem como  prefácio da edição francesa da autoria de François Schuiten, apresentando 224 páginas e o formato de 170 x 240 mm.

nota: imagens cedidas pela editora.

Deixa um comentário